Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2005

Fazia tempo que eu não encontrava aquelas amigas. De fato lembrava-me de que elas nem moravam em Brasília. Conversávamos sobre trivialidades enquanto andávamos pela UnB. De repente o celular de uma delas começa a tocar. Ela continua andando como se nada tivesse acontecido. Continuamos a conversa, mas o celular continua a tocar e tocar. Em um certo momento aquele som começa a me irritar e eu pergunto se ela não vai desligar o alarme do celular. Ela me diz, com a sua cara de loira burra, o que de fato me lembro que ela era, que não sabia como desligar. Pego o celular e começo a tentar desligá-lo...

Eu estava naquele avião, sentindo aquela ansiedade costumeira que sentimos antes de decolar. Sentia de fato uma ansiedade maior do que a de costume. Algo me incomodava muito. Sim, sim, eu já sei, o alarme de meu celular está tocando. As pessoas à minha volta começam a olhar para mim enquanto eu manuseio o celular, rodando por seus menus, tentando desligá-lo. Por fim acabo retirando a bateria, e o celular continua a tocar e tocar. Começo a me sentir em uma cena de Animatrix* e os olhares começam a se tornar agressivos. Ouço então a voz do meu irmão vindo do nada a me dizer:
- Daniel, desliga a porra do despertador!

Sento-me na cama e penso comigo mesmo como é difícil acordar cedo... :)


* no último episódio de Animatrix, para ser mais específico. Se ainda não assistiu, assista!

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