Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Somos universos.
Somos feitos e preenchidos por tantas vontades, desejos, sonhos, esperanças, medos, necessidades, idéias, sentimentos e... coisas... que leva-se muito tempo para realmente nos enxergarmos e entendermos. Mais complicado ainda, então, é conseguir realmente enxergar, entender e conhecer outras pessoas. o que temos na maior parte do tempo são vislumbres, olhares, momentos...
Por vezes confundimos as partes com o todo, e não conseguimos enxergar a enormidade e a complexidade daquilo que chamamos de pessoa. De qualquer forma "conhecer" é um exercício de juntar pedaços e momentos, articulá-los, e encontrar uma visão orgânica e total daquilo que se busca conhecer.

Se é difícil que consigamos conhecer a nós mesmos, mais complicado ainda é conhecer os outros. Mas não há outra forma de conseguirmos enxergar os outros senão através de uma visão clara de nós mesmos...

É necessária uma grande quantidade de silêncio e reflexão para se conhecer a si mesmo. Mais do que isso, é necessária também a experiência de viver e a atenção constante aos próprio atos. Em parte a gente se entende quando pensa, mas na maior parte a gente se conhece quando age. E é das nossas ações, mais até do que dos pensamentos, que a gente vai descobrindo quem é.

Mas a vida é assim mesmo. Com humildade, calma e paciência -- e muita vontade de conhecer -- a gente vai conhecendo a sí mesmo, ao mundo e às pessoas. Não há pressa, pois não pode ser feito de um dia para o outro. O que importa é que a cada dia a gente conheça mais, e saiba viver melhor (e possa ajudar as outras pessoas a se conhecerem e conhecerem umas às outras também, e viverem melhor). Por hora estou encantado com a idéia de conhecer a mim mesmo. O oráculo de Delfos e as fadas da floresta escura mandam lembranças...

E você, conhece a si mesmo?

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