O Labirinto das Leituras do Fonseca
Rodando pelo Overmundo como de costume, encontrei um excelente texto de André Azevedo da Fonseca (que também tem um blog e uma página na UOL). Coisa fina, do tipo de coisas finas que se encontra no Overmundo.
"O escritor argentino Jorge Luis Borges dizia que as bibliotecas estão povoadas de espíritos, pois livros são como sarcófagos onde hibernam as almas dos autores. Sim, gênios literários são capazes de derramar a essência do próprio espírito nas entrelinhas dos textos. Da viscosidade das narrativas emergem idéias e sensações que, ao serem interpretadas na leitura, ressuscitam e flutuam pela nossa imaginação, passando a iluminar as profundezas de nossa inconsciência. É por isso que grandes escritores tornam-se imortais. Eles renascem em pedaços a cada lampejo de nossa inteligência no exercício da leitura de suas obras.
Quando nos debruçamos sobre um livro e nos deixamos hipnotizar pelo espírito do autor, somos levados, passo a passo, a um labirinto de experiências novas que magnetizam nossa alma e inspiram nossa percepção. Através da literatura percebemos constelações de realidades invisíveis e enxergamos a multiplicidade de possibilidades da vida; mas é imprescindível travar esse contato na juventude, de preferência antes dos 20 anos, pois nesse período nossa alma ainda está fresca, maleável, sedenta de vida e repleta de eletricidade. Velhos têm a alma seca, dura, enfastiada e escura. Tornar-se adulto sem mergulhar na literatura embrutece a alma. Quem passa pela vida sem curtir a experiência literária deixa de vivenciar uma das sutilezas mais delicadas do espírito humano..."
(para ler o texto na íntegra no Overblog, clique aqui)
Vale a pena ler o texto todo e, se você já for um overmano ou overmana... deixar lá o seu voto.
Abraços do verde.
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