Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

sexta-feira, 29 de agosto de 2003

Estou sentado agora onde tudo começou...
Tudo bem, o computador não é o mesmo, mas a cadeira, o quarto, o barulhinho de chuva... o silêncio de cima da colina. Foi aqui, há muito tempo atrás, que conheci pela internet a tal da Bibba. Muita, MUITA coisa aconteceu, de alegre e de difícil, de lá pra cá mas vou poupá-los de toda a rememoração que fiz agora sentado nesta cadeira. Basta dizer que valeu a pena. Basta dizer que eu viveria tudo de novo, e que sinto falta da Bibba por perto. Agora me vejo sentado aqui, sobre esta colina, em frente a esta nova tela branca, tentando enxergar, entender, digerir tudo que aconteceu para ver com clareza o que é e para onde deve ir...
Os motivos de resolvermos nos afastar. A natureza deste afastamento dentro da cabeça de cada um (se eu não sei ao certo nem o que EU penso a respeito, quanto mais o que a Bibba pensa...), o que cada um estava DIZENDO quando disse ADEUS...
Pelo que parece AGORA, é mais um "momento para refletir sobre tudo e ficar um pouco sozinho consigo" do que exatamente um fim. Mas este momento pode se prolongar muito, e pode até se tornar um adeus. Não há como ter certeza, e achar que SABE o que vai acontecer traz muito mais dor do que serenidade: sofrer por achar que a volta está próxima, e demorando, ou sofrer por achar que é mesmo o fim (e acabar não sendo). Basta dizer que não sei, e acho que ninguém sabe, exatamente o que é...
Só o que sei é que nem eu nem ela QUEREM que isso seja realmente o fim.
Seja lá o que for, seja lá o que acontecer, só espero que sejamos, ambos, muito felizes.

Pessoas especiais como a Bibba sempre deixam saudades, principalmente depois de fazer tanto parte da minha vida por estes meses. Eu sei que o sentimento é mútuo, e isso me faz me sentir bem... me faz sentir como se tudo tivesse mais sentido. Nestes meses aprendi a ver tudo de uma forma mais perspecitva, e não me desesperar com a aparencia imediata das coisas.
Aprendi que tudo acaba bem e que pessoas que se amam nunca se perdem umas das outras para sempre. Gosto de acreditar que se duas pessoas REALMENTE se amam, elas acabam juntas cedo ou tarde se isso for possível e as fizer feliz. Posto isso, a angústia passa.
Se for bom, vai acontecer...

Este é um post longo, e que temo que seja um pouco repetitivo. Mas, porra, este é meu blog. E meu blog é neste momento minha válvula pública de escape. Mais uma vez estou me dissecando publicamente, para o divertimento e iluminação dos presentes...
Por que eu gosto muito de mim e gosto de contar histórias, principalmente as minhas...
E se a Bibba estiver lendo isso, talvez aqueça seu coração. (até agora não tive coragem de ler seu blog... iria me fazer ficar com muito mais saudades...)

É isso...
É isso que diz meu coração agora. Sem pressa, vivendo um dia depois do outro, vamos ver onde esta estrada me leva.
Vou vivendo com muito amor, cultivando a vontade de viver e, longe ou perto, fazendo uma parte importante na vida das pessoas que amo, e principalmente em minha própria vida (e por que não?).

Bibba, vc sabe que eu te amo.
Meus queridos amigos, vocês são especiais. Eu não tenho palavras para agradecê-los. Melhor dizer apenas obrigado e seguir sendo a pessoa que vcs tanto gostam...
Meu irmão, valeu pelo abrigo por esta noite. Estava muito frio lá fora, longe da família...
E um último obrigado muito especial a todas as pessoas que me ensinaram tanto na minha vida (o que acaba incluindo todo mundo acima...)

Pronto. Vocês já tem muito o que ler agora, queridos.
Com amor, Duende.

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