Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 11 de maio de 2005

depois do ceifeiro...
poesia de banheiro sobre uma guerra política.

Há cheiro de morte no ar. Levanto-me,
acreditando-me fora de perigo e vejo,
impotente, a agonia de meus companheiros.

O sonhar e o despertar se fundem,
e pesadelos e sonhos dividem
as mesmas mortalhas.

A lua brilha vermelha,
como se manchada pelo sangue no ar.
Há alguma vida neste campo
ainda para se encontrar?

Pego minhas armas e sigo.
Faço do caminho meu lugar
até a hora em que enfim
possa voltar a descansar...

Nenhum comentário: