Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Censura na internet

Aproveitando que já estou por aqui, vale também dar um destaque ao post do DPadua sobre censura na internet. Nele, o DP fala do Censortive (sobre o qual também falo neste post) e sobre dois sites que fazem testes para avaliar se um site está sendo censurado e bloqueado em algum lugar do mundo.

" Estudo europeu recente mostra que a censura está viva e crescendo na rede. A OpenNet Initiative é uma boa fonte de informações a respeito deste cenário de controle em vários países.
[...]
Além de mudar a plataforma da web para algo mais p2p e livre, o que mais podemos fazer?"

Como disse a Luana em um comentário feito em outro post meu, "Quanto tempo será que o mundo vai demorar pra aprender que fluxo de informação é naturalmente livre, rápido e muito difícil de se interromper?"

Ao que parece, ainda vai levar algum tempo antes que os governos (e os poderosos do velho mundo) se apercebam de que é cada dia mais difícil se calar a boca dos comuns...

5 comentários:

Anônimo disse...

A censura está correndo solta, e pior, por parte dos próprios órgãos da Justiça, esta que deveria ser defensora da liberdade de expressão. Em função de um jornal(zinho) que edito com 200 exemplares por edição, e mais os meus dois blogs já estou com três processos contra mim... É a ditadura de toga.

SEMPRE disse...

É verdade sim meu amigo. Hoje não se pode calar todo o mundo nem fabricar verdades por medida dos interesses dos poderosos. A globalização não trouxe tudo de mau. A globalização da comunicação e as novas tecnologias vão a todo o lado e impedem que as ditaduras se instalem e permaneçam mesmo as ditaduras da democracia.
Um abraço

SILÊNCIO CULPADO disse...

É este mundo maravilhoso em que a comunicação voa à velocidade da luz que impede que a verdade tenha só a versão dos poderosos.

Daniel Duende disse...

Olá Glória. Acredito que passamos por um momento importante e delicado de transição. O governo e as outras oligarquias começam a tomar consciência de que a voz dos comuns está nas ruas. Situações como as que vc relata, ou a situação das blogueiras do norte que tiveram seus blogues fechados pelo Sarney, ou o caso de alguns blogueiros que foram processados por comentários em seus blogues...
Tudo isso aponta para um momento em que o governo e a justiça ainda não sabem bem como ver, e como lidar, com a explosão da midia cidadã que começa a ser sentida em todos os lugares.

Para ter um olhar global sobre o fenômeno, vale a pena dar uma olhada no excelente trabalho que o Global Voices Online (que tem uma página em Português) está fazendo na potencialização das vozes locais da mídia cidadã do globo.

Abraços do Verde.

Daniel Duende disse...

É verdade, meus caros Ninho de Cuco e Silêncio Culpado. A liberdade de expressão EXTENSIVA é fundamental para a manutenção da democracia e a luta contra a opressão das maiorias pelas minorias empoderadas. Por outro lado, devemos ter cuidado em observar que a liberdade de expressão, quando não pareada com a igualdade de voz, também pode gerar outras ditaduras -- veja a ditadura midiátia que se pode observar no mundo todo hoje, com as grandes empresas de comunicação exercendo um papel de quarto poder geralmente descolado dos interesses populares (afinal, elas tem sua própria agenda).

Eu acredito na liberdade de expressão extensiva que seja também uma igualdade de voz. Enquanto alguns falam para milhões e outros (a maioria) falarem para poucos, estaremos pulando de uma autocracia para outra. Viva o jornalismo cidadão e a midia livre. Viva a voz dos comuns!

Abraços do Verde.