Na beira do caminho, havia um jardim,
e neste jardim, havia uma estátua triste
cercada de mangueiras e amores perfeitos.
(que são apenas plantas...)
Reconhecí meu rosto na tristeza,
e me sentei longamente no jardim.
Em seu pedestal se lia, simplesmente
escrito em sangue, novamente: "até um dia".
Levantei-me e me forcei a voltar a caminhar.
O sol deveria estar nascendo em algum lugar.
Mas tudo que tenho é saudade e silêncio,
e uma busca louca de um caminho, sem encontrar.
Fui-me embora, e deixei a estátua triste em meu lugar.
Mas sei que um dia ainda irei, decerto, retornar...
Aquele é o meu jardim.
Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.
Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.
Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.
quinta-feira, 12 de outubro de 2006
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