Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2005

retorno das flores
a-han... (pigarro)... é. poesia. minha poesia. de novo.

quando foi a última vez que você esteve vivo
e viu as flores, e viu as cores, poeira
brilhante e a dança das gentes vivendo?
quando foi?

quando foi a primeira vez que você mentiu?
o que você sentiu quando aquele muro caiu?
você se lembra? você ainda se lembra?
você ainda está aí?

rompida a filigrana a acabada a música
(ou fui eu que parei de dançar?)
não há mais nada para se ver aqui.
(ele achava que estava morto)
não há mais nada para se ver aqui.
(nunca há, quando se é cego)
não há mais tempo para quem não vê.

quando foi a última vez
que você soube cantar uma música?
você se lembra de qual é a sensação de estar vivo?

eu estava lá e eu vi as flores,
e eu vi as cores, e eu vivi aqueles amores.
você se lembra?
você conhece o caminho de volta?



eu conheço.

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