Daniel Duende é escritor, brasiliense, e tradutor (talvez nesta ordem). Sofre de um grave vício em video-games do qual nunca quis se tratar, mas nas horas vagas de sobriedade tenta descobrir o que é ser um blogueiro. Outras de suas paixões são os jogos de interpretação e sua desorganizada coleção de quadrinhos. Vez por outra tira também umas fotografias, mas nunca gosta muito do resultado.

Duende é atualmente o Coordenador do Global Voices em Português, site responsável pela tradução do conteúdo do observatório blogosférico Global Voices Online, e vez por outra colabora com o Overmundo. Mantém atualmente dois blogues, o Novo Alriada Express e O Caderno do Cluracão, e alterna-se em gostar ora mais de um, ora mais de outro, mas ambos são filhos queridos. Tem também uma conta no flickr, um fotolog e uma gata branca que acredita que ele também seja um gato.

terça-feira, 11 de março de 2008

Campus Party, Colaboração e Encontros...

Reverberou bem menos um debate a meu ver muito mais relevante, que envolve a necessária mobilização da rede para uma ação política em torno do ativismo digital. O clima do evento me parecia propício, e neste sentido tentei levantar a bola incluíndo um item sobre Ecologia Digital no BarCamp dos blogs proposto pelo Avório. A provocação era mais ou menos esta:
Além da questão da propriedade intelectual, outros aspectos como democratização do acesso à rede, promoção da digitalização dos acervos públicos, livre acesso ao conhecimento científico disponível, e a promoção de tecnologias livres para a coleta, organização, disponibilização, comunicação, agregação e uso colaborativo da informação também seriam aspectos importantes para um ativismo digital. O fato é que este conjunto de temas interconexos não encontra lugar no debate popular ou no entendimento político, e neste contexto é que surge a Ecologia Digital, exercitando uma analogia com o movimento ambientalista. Sob o conceito do "ambientalismo", nos anos 70, diferentes grupos com diferentes interesses (algumas vezes contraditórios) puderam se organizar de forma efetiva em torno de uma ampla coalizão política. É exatamente isto que precisamos agora na rede - uma abordagem que possa efetivamente apresentar as questões relevantes e promover o debate que irá ativar o movimento de defesa do domínio público e dos avanços e liberdades viabilizadas pelo surgimento da Internet.
Ao que parece, a proposta de desconferência via wiki do Avório era estruturada demais para o ritmo alucinante da galera presente, que se mostrou mais afeita ao fluxo emergente do livestream poweredby twitter. Portanto o papo da ecologia digital não rolou no cparty, mas a manifestação contra a "lei azeredo" mostrou que a mobilização é viável. Outras intervenções como a do ministro Gil sobre a proibição do Counter Strike ("vocês tem que reclamar!!"), e o comentário de Pedro Doria registrado na entrevista com o Dpadua reforçam a tese de que a mobilização dos interessados é o primeiro passo"

Eu sei que todo mundo já escreveu, e alguns já escreveram demais, sobre o Campus Party. Mas o novo post do Murilão (e não só porquê é meu irmão) está muito interessante. Vale a pena ir lá dar uma olhada, e não deixar de assistir o vídeo da entrevista que o DPadua fez com o Pedro Dória.


Além disso, o post tem foto bonita da família. =)


Duende, Spawdin e Murilão: três Carvalhos se encontram
na selva-disneylândia ciborgue.



UPDATE:
[mode sacanagem]
Em tempo... "comentário de Pedro Doria registrado na entrevista com o Dpadua" é uma expressão mais do que adequada. Quando o DP entrevista alguém, a gente nunca sabe se é ele ou a outra pessoa o verdadeiro entrevistado.
[/mode]

Ok. Parei. =)

Um comentário:

Dpadua disse...

hohoho seu bocó :D